A evolução tecnológica é apocalíptica. Vai jogar tudo fora do jeito como conhecemos hoje. E é antropófaga. Vai devorar-se cada vez mais rápido. Não tem volta.
A visão materialista e industrial, que reinou por séculos, vai desmoronando diante dos olhos de todos e pouca gente já percebeu.
Não há teoria ou tradição que se sustente, não há fórmula consagrada. O mundo em que todos estamos se liquefaz.
A discussão é sobre forma e conteúdo, onde a primeira definitivamente desaparece e a segunda incorpora em outras, sem levar mais em conta a rigidez dos limites que foram impostos pelo modelo atual.
Mesmo nas diversas partes do planeta em que o ser humano ainda funciona como em eras passadas, essa liquefação vai acontecer e vai pular o estágio pelo qual a nossa cultura ocidental e urbana passou.
Sempre foi assim, o mundo sempre viveu seus momentos de quebra de paradigma com espaços bem longos entre um modelo e outro e que foram diminuindo, na medida em que a tecnologia se aprimorou.
Mais do que mudanças profundas nas profissões, o próprio trabalho vai mudar de cara muito rápido. A forma está desaparecendo e é assim que se aprimora o conteúdo.
Não se trata de fim do mundo, mas do fim dos modelos, todos de uma vez. A capitulação dá a impressão de acontecer em partes como no passado e isso se dá especificamente por estarmos acostumados a não ligar os pontos, a insistir numa lógica linear.
É o caso de se reconsiderar aquilo que do ponto de vista físico, chamamos de matéria e por extensão, o que cria a "realidade".
Abandone os modelos duros. Abstraia.
Temos um neocortex, não há monstros, reaja menos, observe que o que o que está ao seu redor não é exatamente o que parece, somos Homo sapiens sapiens, já não há o que justifique um comportamento crocodiliano de pura defesa de território, sem nem mesmo saber o que te rodeia.
Estamos todos interligados, somos a mesma energia, individuada. Não existe a separação, nem o lado de fora, nem o lado de dentro, é tudo a mesma coisa operando em frequências diferentes.
As condições de eras passadas que forçavam as criaturas a um nomadismo permanente em busca de segurança, alimento, a sobrevivência, não existem mais. O nomadismo consciente, viaja para a autoconsciência, a mudança é interior.
Transformar a figura do deus pedagógico para a consciência do poder infinito que habita em todas as coisas.
É que todo tudo, nasce sempre de um nada. O nada é o instante anterior, o tudo logo em seguida e no meio disso estamos nós e nada nos separa. E isso é o motor que movimenta o Universo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário