Dito isso, não adianta você apontar o dedo para qualquer pessoa, situação ou coisa, querendo definir as regras.
Aliás, regras, devem limitar-se ao respeito pela minha integridade física: - Não me toque sem permissão e se dei permissão não me machuque. Tem que haver consenso e a dimensão do toque é proporcional.
As outras limitações estão no nosso controle pessoal:
-Se não gosto, não olho, não como, não ouço, não frequento, não falo sobre.
Opinião a gente guarda, avalia o resultado e aprimora o caráter.
Você não gosta de diversidade, problema seu, vai ter que arranjar um caminho para entender que ela existe e o ser humano não pode ser classificado segundo os seus restritos padrões de compreensão.
Aquilo que não pode ser feito, já está descrito na legislação. Cor de pele, condição sócio-econômica, diversidade de gênero, orientação religiosa, pessoas com deficiência, idosos, para todo lado que você olhar vai perceber que existe e não é você quem define isso.
Isso lhe confere o poder necessário para conviver em harmonia com quem se posiciona diferente de você.
Se a pessoa tira a roupa em público, a lei prevê o que deve ser feito, se fala palavrões, ou realiza suas necessidades fisiológicas, ou expõe os órgãos sexuais, ou desfere um soco, um tapa, um tiro, a lei também prevê.
Liberdade - Pondere o tamanho do espectro que essa palavra representa e veja se é capaz de praticar em mão dupla.
Amor incondicional - Esse é possível, inclusive em silêncio.
Nenhum de nós sabe o tipo de drama ou necessidade interior que uma pessoa vive. Querer colocá-la dentro dos nossos padrões “elevados” pode até condená-la à morte.
Nossas guerras e tragédias em geral nascem daí, desde que o mundo se conhece e está na hora de mudar isso.
Somos uma população. Estamos todos juntos, ocupando o mesmo lugar.
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